sábado, 13 de setembro de 2014

A Cultura do Salão


MÓDULO AV7

 Apresentação
 O Salão entendido como centro simbólico do ambiente sócio-cultural onde, entre a frivolidade galante e o racionalismo crítico, se leva a cabo a dissolução do Antigo Regime e donde emerge a nova ordem revolucionária e retórica, sob o influxo (pré-romântico) da ressurreição dos valores antigos.

  Objectivos de Aprendizagem
 - Compreender diferenças históricas de comunicação, dos pictogramas às orações académicas e conversas de salão.
 - Comparar o poder nos espaços monárquicos e a sua crítica e inversão no pensamento dos salões. - Compreender o philosophe enquanto criador de ideias de mudança.
 - Analisar a construção teórica de um modelo social. - Explicar a nova sociedades de poder: o philosophe, o ministro, o urbanista.
 - Compreender as artes visuais nas suas relações com a cultura galante e o racionalismo.

A COMUNICAÇÃO 
Projecto de sinalização e comunicação do recinto da EXPO 98, Lisboa: designer Henrique Cayatte (1957-), arquitecto Pierluigi Cerri, directores do projecto. Designer Shigeo Fukuda, autor dos pictogramas. Procurando orientar durante a EXPO 98, em espaço fechado e efémero, públicos em busca de fruição lúdica e cultural, mas ciente da perdurabilidade da comunicação exterior em tempo posterior, a equipa de criação da sinalética procurou desenhar pictogramas simples e de leitura imediata, resultantes de repetições lógicas de elementos descritivos de "senso comum". "Siga em frente", "Vire à esquerda", "Homens", "Mulheres", "Restaurante"… estas e tantas outras informações foram comunicadas aos visitantes da EXPO 98 pela sinalização. A preocupação foi "comunicar", que cada um pudesse em cada momento, tão diferenciado culturalmente quanto fosse, interpretar um símbolo, legível e orientador. A comunicação foi a grande constante do século XVIII. Comunicar novas ideias, nas formas de poder, nas visões do Homem e da sociedade. Uma comunicação que se quer alargada a todos os homens. Comunicação que se quer de ultrapassagem das fronteiras e das culturas.
 Das “revoluções” à Revolução.
 1. 1714-1815 Da morte de Luís XIV à batalha de Waterloo.
 2. Da Europa das Monarquias à Europa da Revolução. 
3. O filósofo Jean-Jacques Rousseau (1712-1778) O filósofo enquanto pensador e influenciador. Repercussões políticas e educativas da sua obra.
 4. O Salão. Novo espaço de conforto e intimidade. O seu contributo para a divulgação das “línguas vivas”, do pensamento e da acção. O papel dinamizador da mulher culta.
 5. A Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão (1789) A proclamação de valores como “liberdade”, “igualdade” e “fraternidade” anunciavam um tempo novo.
 6. As Luzes As rupturas culturais e científicas: “ousar saber” e “ousar servir-se do seu intelecto”.
 7. Le nozze di Figaro – finale (1786), W. A. Mozart (1756-1791), (c. 15m) (versão em DVD). Materializa-se já a ideia de igualdade social que a Revolução Francesa aclamará.
 8. O urbanismo da Baixa Pombalina (1758-…) – Planta de Eugénio dos Santos para a reconstrução de Lisboa. Expoente do racionalismo iluminista, também na organização do espaço urbano.
 9. La Mort de Marat (1793), David (1748-1825). Monumentalidade e ordem na criação de um ícone da Revolução.
 Entre o humor e a razão.
10. O projecto de Eugénio dos Santos para a Reconstrução da Baixa de Lisboa como expoente do racionalismo iluminista. A paulatina desestruturação do universo barroco. O papel erosivo da decoração Rococó: tolerância, liberdade, irreverência e intimidade.
 11. O sentido da festa. O Rocócó, uma estética de interior. O regresso à natureza e a emergência da decoração rocaille. O papel pioneiro de França e das artes ornamentais. A expansão do Rococó: arquitectura, escultura e pintura.
 12. Rococó ou Barroco em novas vestes? A dialéctica Barroco/Rococó em Portugal e Espanha. O Rococó americano: o caso do Brasil
. 13. Um mundo novo. O Neoclassicismo como expressão do triunfo das concepções iluministas. Arte e revolução. A Antiguidade como objecto. Da França para o mundo: arquitectura, escultura e pintura. O Neoclassicismo em Portugal.

 1. Tempo 2. Espaço 3. Biografia 4. Local 5. Acontecimento 6. Síntese 7. 1º Caso prático 8. 2º Caso prático 9. 3º Caso prático Artes Visuais: 10. A estética do Iluminismo 11. A intimidade galante 12. Da Europa para o Mundo 13. O regresso à ordem

 Situações de Aprendizagem / Avaliação 
- Selecção e organização da informação. - Interpretação das fontes (iconográficas e escritas). - Produção de texto escrito.

 Bibliografia / Outros Recursos 
 Araújo, Ana Cristina (2003). A cultura das Luzes em Portugal. Temas e problemas. Lisboa: Livros Horizonte (obra incontornável no estudo do tema). Elias, Norbert (trad. port. 1987). A sociedade de corte. Lisboa: Estampa (obra inultrapassável para a compreensão das implicações culturais da cultura de Corte) Hazard, Paul (1983). O pensamento europeu no século XVIII (de Montesquieu a Lessing). Lisboa: Editorial Presença (obra clássica na leitura intelectual da Europa do século XVIII). Hobsbawm, Eric (1992). A era das revoluções – 1789-1848. Lisboa: Editorial Presença (as dimensões político-culturais das agitações revolucionárias do final do Antigo Regime). Hobsbawm, Eric (1998). A Questão do Nacionalismo. Nações e nacionalismo desde 1780 – programa, mito, realidade. Lisboa: Terramar (ensaio histórico de conjunto). Vovelle, Michel (Coord.) (1997). O homem do Iluminismo. Lisboa: Editorial Presença (obra bem estruturada, com análise crítica e bem fundamentada de cada tema). http://www.encarta.msn.com (acedido em 09.05.05) (enciclopédia). http://www.infoplease.com (acedido em 09.05.05) (Columbia Encyclopedia) http://www.universia.pt/conteudos/bibliotecas/bibliotecas_mapas_2.jsp (acedido em 09.05.05) (página que remete para mais de mil mapas históricos). http://www.lib.utexas.edu/maps/index.html (acedido em 09.05.05) (remissão da página anterior para mapas). http://www.monumentos.pt/ajuda.html (acedido em 09.05.05) (sítio da DGEMN - estudo dos projectos arquitectónicos do tempo do Marquês de Pombal: Lisboa, Vila Real de Santo António, Universidade de Coimbra). http://www.wsu.edu/~dee/ENLIGHT/ENLIGHT.HTM (acedido em 09.05.05) (sobre o Iluminismo). http://www.infoscience.fr/index.php3 (acedido em 09.05.05) (sítio com biografia de cientistas).

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