quinta-feira, 9 de outubro de 2014

O CUBISMO

O Cubismo constitui uma rutura com a forma tradicional de representação ilusória do objeto no espaço, presente na arte desde o Renascimento. Esta corrente estética pretende a definição do objeto tendo em conta a bidimensionalidade do suporte e rebatendo-o de forma a que as diferentes faces do seu volume possam ser mostradas simultaneamente. Este inovador método de construir a imagem pictórica foi desenvolvido por Picasso e Braque na primeira década do século XX. A primeira manifestação cubista ocorre em 1907 com a obra "Les Demoiselles d'Avignon", na qual Picasso apresenta algumas figuras angulosas e esquematizadas numa composição geométrica, onde as zonas de sombra são substituídas por linhas paralelas. São evidentes as influências exercidas pela arte ibérica e africana, que Picasso aponta como sendo as suas principais referências. No cubismo é possível distinguir três fases distintas: o cubismo cézanniano (1907-1909), analítico (1910-1912) e sintético (1913-14). Cézanne é frequentemente apontado como o precursor do cubismo através do conjunto final da sua obra, no qual o real é apresentado pela redução a volumes geométricos simples. De acordo com este princípio, o primeiro período cubista caracteriza-se por uma fragmentação dos volumes, uma quebra da linha de contorno dos mesmos e uma diluição da oposição entre figura e fundo.O cubismo analítico, partindo da atenção dada ao plano e ao volume enquanto unidades formais autónomas presente na pesquisa do período anterior, torna mais complexa a representação da realidade tridimensional. Os volumes são apenas sugeridos e a relação entre os objetos é explorada em detrimento da sua afirmação individual, eliminando-se qualquer diferenciação pela via da cor. Em muitas obras, são acrescentados papéis colados que, pelas suas qualidades plásticas, permitem introduzir um maior espetro nos valores cromáticas, tornando-se importantes auxiliares da expressão espacial. A unidade do objeto, entretanto diluído na composição geométrica do espaço, constitui a principal orientação do período sintético. O objeto é representado no seu aspeto essencial e reduzido aos seus atributos específicos. Cubismo.
 In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2012.
 
Casas em L’Estaque - Georges Braque
 

Guernica - Pablo Picasso

sábado, 13 de setembro de 2014

A Cultura do Espaço Virtual


MÓDULO AV10

 Apresentação
 O Espaço Virtual, construção da revolução tecnológica, como nova dimensão de (i)materialidade transversal, ponto de encontro de companhias e solidões e centro de consumo, num mundo feito de rupturas e, por conseguinte, de igual modo dependente de novas coesões.

 Objectivos de Aprendizagem
- Relacionar a representação do animal clonado com a emergência da cultura técnico-científica.
 - Reconhecer o processo da globalização e a influência da tecnologia no modo de agir, de pensar e de comunicar.
 - Analisar a importância do “eu” e da autobiografia no modo específico de viver o presente.
 - Compreender o consumo como atributo urbano e ritual contemporâneo.
 - Avaliar o papel do programador informático na construção do mundo global.
 - Compreender a arte como acção.
 A CLONAGEM Three Tales (2002), Steve Reich (1936-) (Música). Beryl Korot (Vídeo). Nonesuch Records. Warner Group Company. 3º conto: Dolly. Versão DVD
 A obra Three Tales de Steve Reich representa um modelo comunicacional de fácil apreensão pelo ouvinte médio, ao adoptar: . Uma linguagem musical próxima da música Pop/Rock, com a acessibilidade característica das obras dos minimalistas, de que Steve Reich é um dos principais representantes. . A junção da componente vídeo à musical, num registo multimédia apelativo, entre a linguagem do video-clip e do documentário. . A utilização de temáticas de conteúdo apreensível, didáctico e de carácter social e politicamente relevante para a caracterização da história do século XX (veja-se o caso da clonagem, no conto que recomendamos). Imagens e o seu concomitante trabalho de grafismo animado. Sons musicais que essas imagens descrevem. O objecto descrito? Um animal clonado, uma ovelha, não uma qualquer, mas "Dolly", a primeira das clonagens conseguidas, o sinal do triunfo da técnica biológica. A arte musical/digital, em suporte DVD, faz-se com um caso científico palpável, faz-se com a problemática da técnica da clonagem. Hoje, as grandes questões, mas também as decisões, de fundo cultura- civilizacional também passam por saber responder à capacidade humana de fazer clonagens e encarar os seus consequentes problemas.
 O fenómeno da globalização.
 1. 1960 – Actualidade As actividades humanas são reguladas pela tecnologia, pela publicidade e pelo consumo. A moda e o efémero.
 2. O mundo global O espaço virtual. Comunicação em linha. A aculturação.
 3. Autobiografia A autobiografia pretende induzir os alunos a analisar o seu posicionamento perante o mundo em que vivem.
 4. A Internet As telecomunicações vulgarizaram e popularizaram novas formas de divulgação, de recepção e de conhecimento.
 5. A chegada do homem à Lua (1969) Conhecer outro espaço que não o terrestre: a ficção torna-se realidade. Novas utopias.
 6. O consumo Consumir para ser. 
7. Coca-Cola (1960), Andy Warhol Sacralização icónica de um objecto banal.
 8. Pina Bausch, Café Muller (1978) Redução da dança às exigências dramáticas e expressivas, abandonando o movimento formal.
 9. Daniel Libeskind (1946- ) World Trade Center. Memorial Foundations, (2003) Projecto do arquitecto Daniel Libeskind para a construção, em Nova Iorque, do Memorial do atentado de 11 de Setembro de 2001, um espaço "calmo, de meditação e espiritual".
 Criar é agir. 
10. Coca-Cola de Andy Warhol, expoente da utilização da publicidade e da vida quotidiana como meio de expressão. A Pop Art, um movimento iconoclasta. A materialização da vida nos movimentos, gestos e objectos do quotidiano: a Op Art e a arte cinética. A Arte-Acontecimento: da action painting ao happening e à performance. Pólos da criação contemporânea: a Minimal Art, a arte conceptual e o hiper-realismo. Para além do funcionalismo: os caminhos da arquitectura contemporânea. Vias de expressão da arte portuguesa contemporânea.

 1. Tempo 2. Espaço 3. Biografia 4. Local 5. Acontecimento 6. Síntese 7. 1º Caso prático 8. 2º Caso prático 9. 3º Caso prático Artes Visuais: 10. A arte enquanto processo

 Situações de Aprendizagem / Avaliação
- Selecção e organização da informação.
 - Interpretação das fontes (iconográficas e escritas).
 - Produção de texto escrito.

 Bibliografia / Outros Recursos
 Bidiss, Michael D. (1980). L’ère des masses. Paris: Ed. du Seuil (excelente ensaio de conjunto). Brito, José Maria Brandão de (Coord.) (2003). Globalização e Democracia - Os Desafios do Século XXI. Actas do IV Curso Livre de História Contemporânea realizado em Lisboa, de 19 a 24 de Novembro de 2001. Lisboa: Edições Colibri/Fundação Mário Soares (como o título indica, exemplar estudo de síntese sobre a globalização e a democracia). Conrad, Peter (1998). Modern times, modern places. Life & Art in the 20th Century. London: Thames and Hudson (síntese para introdução ao estudo do tema). Lévy, Bernard-Henry (2000). O século de Sartre. Lisboa: Quetzal Editores (visão de síntese de um tema abrangente). Lipovetsky, Gilles (1989). O império do efémero. A moda e o seu destino nas sociedades modernas. Lisboa: Publicações Dom Quixote (análise de sociologia da cultura centrada no mundo diversificado da moda). http://www.encarta.msn.com (acedido em 09.05.05) (enciclopédia). http://www.infoplease.com (acedido em 09.05.05) (Columbia Encyclopedia) http://www.universia.pt/conteudos/bibliotecas/bibliotecas_mapas_2.jsp (acedido em 09/05/05) (página que remete para mais de mil mapas históricos). http://www.lib.utexas.edu/maps/index.html (acedido em 09.05.05) (remissão da página anterior para mapas). http://www.yale.edu/lawweb/avalon/avalon.htm (acedido em 09.05.05) (colecção de documentos a partir do século XVIII). http://maltez.info/respublica/index.html (acedido em 09.05.05) (história política portuguesa, 1.ª República e Estado Novo). http://www.apwideworld.com/ (acedido em 09.05.05) (sítio da Associated Press com arquivos de imagens do século XX). http://users.erols.com/mwhite28/20centry.htm (acedido em 09.05.05) (atlas histórico do século XX). http://www.monde-diplomatique.fr/cartes/ (acedido em 09.05.05) (cartografia de conflitos no mundo contemporâneo). http://europa.eu.int/index_pt.htm (acedido em 09.05.05) (arquivo digital da União Europeia). http://www.25abril.org/index1.htm (acedido em 09.05.05) (Associação 25 de Abril). http://www.infoscience.fr/index.php3 (acedido em 09.05.05) (biografia de cientistas). http://www.iisg.nl/exhibitions/chairman/index.html (acedido em 09.05.05) (colecção de cartazes e de propaganda de países socialistas). http://www.spartacus.schoolnet.co.uk/USA.htm (acedido em 09.05.05) História do século XX dos Estados Unidos da América.

A Cultura do Cinema


MÓDULO AV9

 Apresentação 
 O cinema enquanto nova arte, possibilitada pelo desenvolvimento técnico e científico e geradora de novos espaços sociais, mas também enquanto nova dimensão, construtora de sonhos e de arquétipos de bem-estar, ao mesmo tempo que arma de denúncia social, num tempo ironicamente marcado por um clímax de insegurança e violência.

 Objectivos de Aprendizagem
- Relacionar o bem-estar de situação construído por Paula Rego com a afirmação de uma nova atitude de quotidiano.
 - Analisar as relações entre a Europa e a América perspectivadas pelo cinema.
 - Compreender o indivíduo como interventor social: da realidade à ficção.
 - Analisar o tempo contraditório dos horrores da guerra e da procura do bem-estar físico e social.
 - Reconhecer o papel do cientista e do artista como ícones sociais.
 - Compreender a(s) arte(s) como denúncia e provocação.

 O BEM-ESTAR The Barn (1994), Paula Rego (1935-). Hoje, pintar é intervir. Essa é a razão da escolha deste trabalho de Paula Rego de 1994. Pinta-se uma estrutura de medos, que vão dos receios ancestrais dos “morcegos / vampiros” aos floridos trabalhos do dia-a-dia do estábulo, ou à imagem da própria mulher que, mais que tratadora de animais, se apresenta eroticamente prostrada sobre palhas recobertas de pano negro. Outras, ou a mesma, fustigam com vergastas não a passiva e ubérrima vaca, mas a sua própria imagem enquanto mulheres do marginal assumido. Pintura no feminino e sobre o feminino adensado de fantasmas de masculinidade e de raízes sentidas nas formas fortes e nas cores soturnas, ainda que marcadas pelo girassol amarelo ou animadas pelo elemento animal. Animal, vaca, que se coloca no centro do olhar entre estruturas de cenografia de um estábulo, procurando uma aproximação ao real pelo irracional. As formas femininas, em plano frontal, expressam força física, impondo-se a um mundo que ainda as lê delicadas e impotentes. O texto pintado por Paula Rego é um documento dos contrastes entre as formas e ideias preponderantes e marginais em torno do sexo feminino. No celeiro de Paula Rego há um bem-estar de situação. No objecto recuperado para a tela há imagens de bem-estar rural, natural, domesticado. Nos intervenientes a pintora deixa passar o apetecer, sugestivo, da relação matriarcal feminina com o corpo. O bem-estar, antes de mais, é uma atitude individual. Ainda que com tempos fortes de guerra e tragédia, o século XX lutou pela afirmação individual e pelo direito de cada um ao seu bem-estar. Cada um, apesar das tortuosas imposições exteriores corporizadas nas "modas", pode tentar ser o que quer ser, ter como situação de conforto e de bem-estar os padrões que eleger.
 A euforia das invenções.
 1. 1905-1960 Da Exposição dos Fauves à viragem dos anos 60. 
2. Da Europa para a América Intensifica-se o diálogo entre a Europa e a América do Norte. Influências mútuas, culturais e científicas.
 3. O Charlot (1917-1934) de Charles Spencer Chaplin (1889-1977) Charlot – importante ícone do cinema: o vagabundo que aspira à felicidade; a crítica social; a superioridade da mímica sobre a palavra.
 4. O cinema O triunfo do sonho e do mito. Afirma-se uma nova linguagem.
 5. A descoberta da penicilina de Alexander Fleming (1928) O recuo da morte. Mais tempo com qualidade: a procura de usufruir.
 6. O homem psicanalisado O contributo de Sigmund Freud e da arte na procura do “eu”.
 7. “Ultimatum futurista às gerações portuguesas do século XX” – 1ª Conferência Futurista de José de Almada Negreiros no Teatro República a 14 de Abril de 1917. In Portugal Futurista (1917), pp. 35-38.
 8. Guernica (1937), Pablo Picasso (1881-1973) Quer neste caso prático, quer no anterior, impera a “desconstrução”. Há uma intervenção claramente assumida pela arte: a denúncia.
 9. Ballets Russes (1909-1929) A proposta revolucionária dos Ballets Russes de Serge Diaghilev. A dança na vanguarda da modernidade. As novidades estéticas de Stéphane Mallarmé a Jean Cocteau. Criar é provocar.
10. A Guernica de Pablo Picasso como expoente da arte assumida como denúncia política. Entre guerras: da arte degenerada à arte oficial dos regimes totalitários. Sob o signo da provocação: Fauvismo, Expressionismo e Dadaísmo. Os caminhos da abstracção formal: Cubismo e Futurismo e movimentos subsequentes. A nova complexidade material. A arte abstracta como arte democrática: arte informal, abstracção geométrica e expressionismo abstracto. A pulverização dos caminhos artísticos: Europa e Estados Unidos. O regresso ao mundo visível: realismo figurativo, realismo crítico, assemblage e arte expressiva. O surrealismo. Arte e função: a arquitectura e o design. As novas técnicas. As utopias arquitectónicas. O estilo internacional. A arte portuguesa até aos anos 60: pintura, escultura e arquitectura.

 1. Tempo 2. Espaço 3. Biografia 4. Local 5. Acontecimento 6. Síntese 7. 1º Caso prático 8. 2º Caso prático 9. 3º Caso prático Artes Visuais: 10. As grandes rupturas

 Situações de Aprendizagem / Avaliação 
- Selecção e organização da informação.
 - Interpretação das fontes (iconográficas e escritas).
 - Produção de texto escrito.

Bibliografia / Outros Recursos
 Bidiss, Michael D. (1980). L’ère des masses. Paris: Ed. du Seuil (excelente ensaio de conjunto) Conrad, Peter (1998). Modern times, modern places. Life & Art in the 20th Century. London: Thames and Hudson (síntese para introdução ao estudo do tema). Lévy, Bernard-Henry (2000). O século de Sartre. Lisboa: Quetzal Editores (visão de síntese de um tema abrangente). Lipovetsky, Gilles (1989). O império do efémero. A moda e o seu destino nas sociedades modernas. Lisboa: Publicações Dom Quixote (análise de sociologia da cultura centrada no mundo diversificado da moda). Pernes, Fernando (Coordenação). (2001). Panorama da cultura portuguesa no século XX. 3 vols. Porto: Edições Afrontamento/Fundação Serralves (uma visão geral sobre o século XX organizada por grande áreas: "As Ciências e as Problemáticas Sociais" (1º vol.), "Arte(s) e Letras I e II" (2º e 3ª vols.). Rosas, Fernando (s.d.). Século XX – Homens, Mulheres e factos que mudaram a história. 32 Fascículos adaptados da versão original de El País. Lisboa: Público/El País (excelente ensaio de conjunto) http://www.encarta.msn.com (acedido em 09.05.05) (enciclopédia). http://www.infoplease.com (acedido em 09.05.05) (Columbia Encyclopedia) http://www.universia.pt/conteudos/bibliotecas/bibliotecas_mapas_2.jsp (acedido em 09.05.05) (página que remete para mais de mil mapas históricos). http://www.lib.utexas.edu/maps/index.html (acedido em 09.05.05) (remissão da página anterior para mapas). http://www.yale.edu/lawweb/avalon/avalon.htm (acedido em 09.05.05) (colecção de documentos a partir do século XVIII). http://maltez.info/respublica/index.html (acedido em 09.05/.05) (história política portuguesa, 1.ª República e Estado Novo). http://www.apwideworld.com/ (sítio da Associated Press com arquivos de imagens do século XX).

A Cultura da Gare


MÓDULO AV8

 Apresentação 
 A Gare como espaço-metáfora de uma nova rede de relações transnacionais, possibilitada pelas inovações técnicas e geradora de novos sentidos de espaço-tempo, onde se entrecruzam, em aparente contradição, sonhos e utopias.

 Objectivos de Aprendizagem
 - Relacionar o fazer musical de Emannuel Nunes e a manipulação da técnica ao serviço do Homem.
 - Analisar o contributo do ferro e do progresso técnico para as transformações sociais e culturais. 
- Compreender a importância da acção individual na revolução técnica, e nos movimentos utópicos, nacionalistas e sociais.
 - Compreender o papel do homem oitocentista na sua relação com a técnica, a natureza e a História.
 - Reconhecer o estatuto intelectual do engenheiro e do músico. - Compreender o papel das artes visuais entre a ilustração do sonho e a captação do real

A TÉCNICA
 Lichtung II (1995-6), Emmanuel Nunes (1941-). Ensemble Intercontemporain. Direcção Jonathan Nott. Ircam. A obra Lichtung II de Emmanuel Nunes serve para exemplificar uma linguagem mais hermética, característica da herança avant-garde do século XX. Trata-se igualmente de uma obra recente, de um compositor português de referência mundial na cultura musical contemporânea. Esta obra pode ilustrar: . A utilização de uma linguagem musical altamente complexa, quer em termos concepcionais, quer em termos auditivos, que nos transporta para novas dimensões auditivas, que desafia as nossas noções convencionais e a nossa capacidade de entendimento – como é apanágio de muita da produção artística, desde o século XX. . A utilização da electrónica “ao vivo” na manipulação, modificação e emissão dos sons produzidos pelos instrumentos acústicos, através de um programa computacional concebido pelo próprio compositor. Trata-se também aqui da continuidade lógica das práticas composicionais que remontam à segunda metade do século XX, após o advento dos meios electrónicos, neste caso, utilizando os meios do Ircam (Institut de Recherche et Coordination Acoustique/Musique), uma das principais instituições dedicadas à pesquisa, criação e divulgação musical contemporâneas. . A preocupação já não apenas com os parâmetros convencionais da música (melodia, ritmo, harmonia, timbre,...) mas também com a questão da espacialização do som. A disposição dos 12 instrumentos acústicos e dos 13 altifalantes, bem como a gestão electrónica da emissão do som, são elementos absolutamente intrínsecos à concepção da obra, criando um espaço sonoro que deverá ser adaptado em função das características do espaço físico. Porque a técnica não limita o Homerm, o fazer musical de Emmanuel Nunes procura essa convivência. A técnica descrita e os meios técnicos — electrónica, programas de computadores —, ao serviço da expansão da dimensão auditiva do Homem e do conceito do que se entende por música. Em tempo de multiplicação de mecanismos, de consolidação do poder do ferro e das energias não humanas ou animais, é a técnica que triunfa, exemplo da grandeza do poder da razão do Homem e do seu saber-fazer, nalguns casos força de escravização dos homens de oitocentos. 
A velocidade impõe-se.
 1. 1814-1905 Da batalha de Waterloo à Exposição dos Fauves. 
2. A Europa das Linhas Férreas Domínio das linhas férreas ligadas às indústrias.
 3. O engenheiro Gustave Eiffel (1832-1923) A ruptura do ferro proposta por Eiffel: o pragmatismo e o simbólico.
 4. A Gare Espaço onde tudo afluía. Dela dependia agora a divulgação.
 5. A 1ª Exposição Universal (Londres, 1851) A apologia da máquina, do ferro e das novas tecnologias. Recuam os saberes tradicionais.
 6. O indivíduo e a natureza A natureza é um refúgio privilegiado dos artistas.
 7. Palácio da Pena, Sintra (1838-1868/1885) A arquitectura romântica e a sedução da Idade Média. Do restauro à reinvenção.
 8. Italian family onf ferry boat leaving Ellis Island (1905). Fotografia de Lewis Hine (1874-1940). A captação de sensações ópticas vai ser posteriormente utilizada pelo realismo e impressionismo.
 9. Tristão e Isolda (1857 – 9) de Richard Wagner (1813 – 1883): Prelúdio (Acto 1) e Morte de Isolda (Acto 3, Cena 3). A obra de arte total: Palavras, Música, Dança (ou Gesto), Artes Plásticas, Encenação e Acção combinam-se ao mesmo nível, enquanto veículos para a expressão de uma ideia dramática única. Uma lenda medieval de relevância universal.
Entre a ilustração do sonho e a captação do real. 
 10. O passado enquanto refúgio. O Palácio da Pena em Sintra como expoente da arquitectura romântica. A sedução da Idade Média. Do restauro à reinvenção: a arquitectura revivalista.
 11. O triunfo da emoção. Da exaltação do eu à arte pela arte. A pintura como expoente dos valores românticos. As pátrias do romantismo: França, Alemanha e Inglaterra. A pintura romântica em Portugal.
 12. Um novo olhar sobre o real. O fascínio da fotografia. Da vida como tema (fazer verdadeiro), à captação das sensações ópticas. Paris, capital da arte. Da pintura realista à pintura impressionista. Para além do Impressionismo: o Neo-impressionismo (divisionismo) e o Post- Impressionismo. A escultura: Auguste Rodin. A pintura e a escultura em Portugal no século XIX.
 13. Mundo novo, formas novas. A ruptura com o passado: a arquitectura do ferro e a Arte Nova. Arquitectura do ferro e Arte Nova em Portugal.

 1. Tempo 2. Espaço 3. Biografia 4. Local 5. Acontecimento 6. Síntese 7. 1º Caso prático 8. 2º Caso prático 9. 3º Caso prático Artes Visuais: 10. O Romantismo 11. A pintura romântica 12. O Realismo e o Impressionismo 13. A arte ao redor de 1900

 Situações de Aprendizagem / Avaliação
- Selecção e organização da informação.
 - Interpretação das fontes (iconográficas e escritas).
 - Produção de texto escrito.

 Bibliografia / Outros Recursos 
Hobsbawm, Eric (1992). A era das revoluções – 1789-1848. Lisboa: Editorial Presença (as dimensões politico-culturais das agitações recolucionárias do final do Antigo Regime). Hobsbawm, Eric (1998). A Questão do Nacionalismo. Nações e nacionalismo desde 1780 – programa, mito, realidade. Lisboa: Terramar (ensaio histórico de conjunto). Lowy, Michael; Sayre, Robert (1997). Revolta e Melancolia – O Romantismo contra a Corrente da Modernidade. Venda-Nova: Bertrand Editora (excelente síntese para a introdução ao estudo do tema). Winnock, Michael (2001). Les voix de la liberté. Les écrivains engagés au XIXe Siècle. Paris: Éditions du Seuil. (obra de síntese sobre o assunto para introdução ao seu estudo). http://www.artyclopedia.com (enciclopédia, consulta pelo nome dos artistas, nacionalidade ou movimento artístico). http://www.encarta.msn.com (enciclopédia). http://www.infoplease.com (Columbia Encyclopedia). http://www.universia.pt/conteudos/bibliotecas/bibliotecas_mapas_2.jsp (página que remete para mais de mil mapas históricos). http://www.lib.utexas.edu/maps/index.html (remissão da página anterior para mapas). http://users.erols.com/mwhite28/20centry.htm (atlas histórico do século XX). http://www.monde-diplomatique.fr/cartes/ (cartografia de conflitos no mundo contemporâneo). http://www.northlink.com/~hauxe/dkshore.htm (contactos entre Espanhóis e Índios). http://www.iscsp.utl.pt/cepp/ (história política portuguesa). http://65.107.211.206/victorian/victov.html (sobre a época vitoriana). http://www.yale.edu/lawweb/avalon/avalon.htm (colecção de documentos da Antiguidade até aos nossos dias). http://www.infoscience.fr/index.php3 (biografia de cientistas).

A Cultura do Salão


MÓDULO AV7

 Apresentação
 O Salão entendido como centro simbólico do ambiente sócio-cultural onde, entre a frivolidade galante e o racionalismo crítico, se leva a cabo a dissolução do Antigo Regime e donde emerge a nova ordem revolucionária e retórica, sob o influxo (pré-romântico) da ressurreição dos valores antigos.

  Objectivos de Aprendizagem
 - Compreender diferenças históricas de comunicação, dos pictogramas às orações académicas e conversas de salão.
 - Comparar o poder nos espaços monárquicos e a sua crítica e inversão no pensamento dos salões. - Compreender o philosophe enquanto criador de ideias de mudança.
 - Analisar a construção teórica de um modelo social. - Explicar a nova sociedades de poder: o philosophe, o ministro, o urbanista.
 - Compreender as artes visuais nas suas relações com a cultura galante e o racionalismo.

A COMUNICAÇÃO 
Projecto de sinalização e comunicação do recinto da EXPO 98, Lisboa: designer Henrique Cayatte (1957-), arquitecto Pierluigi Cerri, directores do projecto. Designer Shigeo Fukuda, autor dos pictogramas. Procurando orientar durante a EXPO 98, em espaço fechado e efémero, públicos em busca de fruição lúdica e cultural, mas ciente da perdurabilidade da comunicação exterior em tempo posterior, a equipa de criação da sinalética procurou desenhar pictogramas simples e de leitura imediata, resultantes de repetições lógicas de elementos descritivos de "senso comum". "Siga em frente", "Vire à esquerda", "Homens", "Mulheres", "Restaurante"… estas e tantas outras informações foram comunicadas aos visitantes da EXPO 98 pela sinalização. A preocupação foi "comunicar", que cada um pudesse em cada momento, tão diferenciado culturalmente quanto fosse, interpretar um símbolo, legível e orientador. A comunicação foi a grande constante do século XVIII. Comunicar novas ideias, nas formas de poder, nas visões do Homem e da sociedade. Uma comunicação que se quer alargada a todos os homens. Comunicação que se quer de ultrapassagem das fronteiras e das culturas.
 Das “revoluções” à Revolução.
 1. 1714-1815 Da morte de Luís XIV à batalha de Waterloo.
 2. Da Europa das Monarquias à Europa da Revolução. 
3. O filósofo Jean-Jacques Rousseau (1712-1778) O filósofo enquanto pensador e influenciador. Repercussões políticas e educativas da sua obra.
 4. O Salão. Novo espaço de conforto e intimidade. O seu contributo para a divulgação das “línguas vivas”, do pensamento e da acção. O papel dinamizador da mulher culta.
 5. A Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão (1789) A proclamação de valores como “liberdade”, “igualdade” e “fraternidade” anunciavam um tempo novo.
 6. As Luzes As rupturas culturais e científicas: “ousar saber” e “ousar servir-se do seu intelecto”.
 7. Le nozze di Figaro – finale (1786), W. A. Mozart (1756-1791), (c. 15m) (versão em DVD). Materializa-se já a ideia de igualdade social que a Revolução Francesa aclamará.
 8. O urbanismo da Baixa Pombalina (1758-…) – Planta de Eugénio dos Santos para a reconstrução de Lisboa. Expoente do racionalismo iluminista, também na organização do espaço urbano.
 9. La Mort de Marat (1793), David (1748-1825). Monumentalidade e ordem na criação de um ícone da Revolução.
 Entre o humor e a razão.
10. O projecto de Eugénio dos Santos para a Reconstrução da Baixa de Lisboa como expoente do racionalismo iluminista. A paulatina desestruturação do universo barroco. O papel erosivo da decoração Rococó: tolerância, liberdade, irreverência e intimidade.
 11. O sentido da festa. O Rocócó, uma estética de interior. O regresso à natureza e a emergência da decoração rocaille. O papel pioneiro de França e das artes ornamentais. A expansão do Rococó: arquitectura, escultura e pintura.
 12. Rococó ou Barroco em novas vestes? A dialéctica Barroco/Rococó em Portugal e Espanha. O Rococó americano: o caso do Brasil
. 13. Um mundo novo. O Neoclassicismo como expressão do triunfo das concepções iluministas. Arte e revolução. A Antiguidade como objecto. Da França para o mundo: arquitectura, escultura e pintura. O Neoclassicismo em Portugal.

 1. Tempo 2. Espaço 3. Biografia 4. Local 5. Acontecimento 6. Síntese 7. 1º Caso prático 8. 2º Caso prático 9. 3º Caso prático Artes Visuais: 10. A estética do Iluminismo 11. A intimidade galante 12. Da Europa para o Mundo 13. O regresso à ordem

 Situações de Aprendizagem / Avaliação 
- Selecção e organização da informação. - Interpretação das fontes (iconográficas e escritas). - Produção de texto escrito.

 Bibliografia / Outros Recursos 
 Araújo, Ana Cristina (2003). A cultura das Luzes em Portugal. Temas e problemas. Lisboa: Livros Horizonte (obra incontornável no estudo do tema). Elias, Norbert (trad. port. 1987). A sociedade de corte. Lisboa: Estampa (obra inultrapassável para a compreensão das implicações culturais da cultura de Corte) Hazard, Paul (1983). O pensamento europeu no século XVIII (de Montesquieu a Lessing). Lisboa: Editorial Presença (obra clássica na leitura intelectual da Europa do século XVIII). Hobsbawm, Eric (1992). A era das revoluções – 1789-1848. Lisboa: Editorial Presença (as dimensões político-culturais das agitações revolucionárias do final do Antigo Regime). Hobsbawm, Eric (1998). A Questão do Nacionalismo. Nações e nacionalismo desde 1780 – programa, mito, realidade. Lisboa: Terramar (ensaio histórico de conjunto). Vovelle, Michel (Coord.) (1997). O homem do Iluminismo. Lisboa: Editorial Presença (obra bem estruturada, com análise crítica e bem fundamentada de cada tema). http://www.encarta.msn.com (acedido em 09.05.05) (enciclopédia). http://www.infoplease.com (acedido em 09.05.05) (Columbia Encyclopedia) http://www.universia.pt/conteudos/bibliotecas/bibliotecas_mapas_2.jsp (acedido em 09.05.05) (página que remete para mais de mil mapas históricos). http://www.lib.utexas.edu/maps/index.html (acedido em 09.05.05) (remissão da página anterior para mapas). http://www.monumentos.pt/ajuda.html (acedido em 09.05.05) (sítio da DGEMN - estudo dos projectos arquitectónicos do tempo do Marquês de Pombal: Lisboa, Vila Real de Santo António, Universidade de Coimbra). http://www.wsu.edu/~dee/ENLIGHT/ENLIGHT.HTM (acedido em 09.05.05) (sobre o Iluminismo). http://www.infoscience.fr/index.php3 (acedido em 09.05.05) (sítio com biografia de cientistas).

A Cultura do Palco


MÓDULO AV6

  Apresentação
 O Palco como símbolo e metáfora de uma sociedade centrada na festa, no cerimonial e na representação e onde a deliberada sedução dos sentidos oculta uma rigidez conceptual que encontra o seu corolário tanto nas conquistas da revolução científica, como na violência da guerra, onde se sublimam as redes de domínio.

 Objectivos de Aprendizagem
 - Analisar um espectáculo através de uma noção contemporânea de palco e de interacção performers - público.
 - Compreender a dimensão cénica da Corte.
 - Relacionar o rei absoluto, o actor senhor do palco e o artista plástico na construção da celebração do poder.
 - Analisar o poder do rei na sua relação com a organização sócio-cultural.
 - Compreender as dimensões assumidas pelo actor, o músico, o dançarino e o encenador.
 - Compreender o sentido interactivo das artes visuais na criação de um discurso pedagógico e celebrativo.
 O ESPECTÁCULO
 La Fura dels Baus (início c.1980). (página on-line www.lafura.com ) Grupo eclético que reúne profissionais de diversas áreas artísticas e que propõe uma dimensão performativa particular, baseada na procura de novas formas de expressão e de relação com o público, a saber: . Utilização de espaços anti-convencionais; . Utilização de uma série de recursos cénicos que podem incluir a música, o circo, a pirotecnia, o movimento, o uso de materiais naturais e industriais e a utilização das novas tecnologias; . Utilização de uma linguagem visual própria através do vídeo e de outros recursos à imagem e à incorporação de actores que na sua versatilidade dominam quer a expressão dramática quer o movimento; . Exploração de situações limite na busca de novas linguagens e linhas de expressão artística. Quando os Fura dels Baus recuperaram o Don Quijote (1605) e procuraram com esse tema consagrado fazer espectáculo, nele integraram as mais variadas técnicas performativas e linguagens gestuais para conseguir envolver todos os sentidos e construir a ilusão. Foi assim nos tempos de Don Quijote e da Corte, nos séculos XVII e XVIII. Tudo se reduziu a jogos de sentido e para os sentidos, numa procura do total, em aliança estreita de fé, sentimento e razão. O espectáculo era então tão variado quanto as procissões, o levantar do Rei ou a ópera.
 Muitos palcos, um espectáculo.
 1. 1618-1714 Do início da Guerra dos Trinta Anos ao final do reinado de Luís XIV.
 2. A Europa da Corte A Corte nos palácios das cidades. A Corte junto às cidades. O modelo Versailles.
 3. O Rei Sol Luís XIV (1638-1643-1714) O Rei da afirmação do poder autocrático. Luís XIV e o investimento na Corte de Versailles. Um Rei, um cerimonial, uma França hegemónica na Europa.
 4. O palco Os palcos: a Corte, a Igreja, a Academia. O palco do teatro e da ópera. O palco local de espectáculos efémeros.
 5. O Tratado de Utrecht (1713) A finalização das guerras. Um congresso de embaixadores e um tratado de paz. A nova geografia da Europa.
 6. A Revolução científica A razão e a ciência. O método. A experimentação.
 7. La cérémonie Turque, Le Bourgeois Gentilhomme (1670) de Molière (1622-1673) e de Lully (1632-1687) A fusão das artes: teatro, música e dança. O teatro com Molière. O espectáculo do teatro, no teatro.
 8. Palácio-convento de Mafra (1717-1730/1737) Um palácio e um convento. A arquitectura do Real Edifício. Uma obra de arte total pela mão do Rei.
 9. Trono de S. Pedro, Gianlorenzo Bernini, Roma, Basílica de S. Pedro (1657-66) O trono como alegoria da Monarquia Pontifícia e corolário das intervenções de Bernini na Basílica de S. Pedro. O Barroco romano: emoção e piedade. O conceito de “obra de arte total”.
 Arte e retórica. 
10. O Real Edifício de Mafra como expoente da eficácia da arquitectura barroca na materialização de uma ideia de poder. O sentido do Barroco: um gosto, mais que um estilo. Razão e emoção; gravidade e majestade. A sedução dos sentidos e a teatralidade. O poder da matéria. O conceito de obra de arte total. As origens do movimento: Roma Triunphans. Os criadores do Barroco. A Itália barroca.
 11. Sob o signo do pathos. A criação da escultura barroca. O papel de Bernini: dinamismo e abertura da composição; a exacerbação do expressionismo.
 12. A luz, personagem central da pintura barroca. Caravaggio e os “caravaggistas”. A pintura de tectos.
13. A oposição Barroco-Classicismo na França do Rei-Sol, mito ou realidade? A glorificação pela razão. O papel das academias. Arquitectura e escultura. A pintura, refúgio do Barroco.
 14. Barroco ou barrocos? A difusão do movimento no continente europeu e a sua expansão nos domínios portugueses e espanhóis. O Barroco na Europa Central e nos Países Nórdicos. Os pintores flamengos e holandeses. O Barroco em Portugal e Espanha. Aculturação e miscigenação: o Brasil.

 1. Tempo 2. Espaço 3. Biografia 4. Local 5. Acontecimento 6. Síntese 7. 1º Caso prático 8. 2º Caso prático 9. 3º Caso prático Artes Visuais: 10. A arquitectura barroca 11. A escultura barroca 12. A pintura barroca 13. O caso francês 14. Da Europa para o mundo

 Situações de Aprendizagem / Avaliação 
- Selecção e organização da informação.
 - Interpretação das fontes (iconográficas e escritas).
 - Produção de texto escrito.

 Bibliografia / Outros Recursos
 Dubois, C.G. (1973). Le baroque, profondeurs de l’apparence. Paris: Larousse (obra fundamental pela profundidade dos conteúdos e pela inovação historiográfica). Elias, Norbert (trad. port. 1987). A sociedade de corte. Lisboa: Estampa (obra inultrapassável para a compreensão das implicações culturais da cultura de corte) Hsia, R. Po-Chia (1998). The world of catholic renewal 1540-1770. Cambridge: Cambridge University Press (uma síntese actualizada sobre um tempo largo de cultura católica). Mandrou, R. (1973). Des humanistes aux hommes de science. Paris: Éditions du Seuil (síntese de grande qualidade informativa e problematizante) Maravall, J. A. (1983). La cultura del barroco. Análises de una estructura histórica. Barcelona. Editorial Ariel (obra fundamental sobre a cultura do Barroco como estrutura temporal datada). Muir, Edward (1997). Ritual in early Modern Europe. Cambridge: Cambridge University Press (a cultura moderna nas suas dimensões de rito). Villari, Rosario (Coord.) (1995). O homem Barroco. Lisboa: Presença (obra bem estruturada, com análise crítica e bem fundamentada de cada tema). http://www.encarta.msn.com (acedido em 09.05.05) (enciclopédia) http://www.infoplease.com (acedido em 09.05.05) (Columbia Encyclopedia) http://www.universia.pt/conteudos/bibliotecas/bibliotecas_mapas_2.jsp (acedido em 09.05.05) (página que remete para mais de mil mapas históricos). http://www.lib.utexas.edu/maps/index.html (acedido em 09.05.05) (remissão da página anterior para mapas). http://www.chateauversailles.fr/ (acedido em 09.05.05) (sítio do Palácio de Versalhes).

A Cultura do Palácio


MÓDULO AV5

 Apresentação 
 O Palácio, centro simbólico do Estado que emerge e cenário da actuação do mecenas, ele próprio símbolo de uma nova concepção de poder, materializado na protecção às artes, às letras e às ciências e onde a apetência pela harmonia das formas e conceitos se contradiz no violento enfrentamento das formas de espiritualidade.

 Objectivos de Aprendizagem
 - Relacionar as diversas linguagens na obra de Helena Almeida e a arte como totalidade múltipla.
 - Relacionar a multiplicação de comércios e de poderes que se cruzam no palácio.
 - Percepcionar a autoria do artista e os seus condicionalismos de produção.
 - Compreender as permanências e clivagens sociais.
 - Caracterizar o pintor como o relator privilegiado da sociedade do palácio.
 - Compreender os processos de organização e subversão da representação do real.
 A ARTE
 Sente-me, Ouve-me, Vê-me, (c.1970). Seduzir. Série de trabalhos de Helena Almeida (1934-). Helena Almeida está entre os artistas portugueses que se afirmaram nos anos 70 e a sua obra situa-se no contexto das chamadas práticas anti-conceptuais que romperam com os processos e formatos mais tradicionais e abriram a cena artística a novas experiências, nomeadamente com a fotografia. Sente-me, Ouve-me, Vê-me constituem uma série de trabalhos particularmente importantes na obra de Helena Almeida pondo em jogo, simultaneamente, alguns dos mais importantes elementos da contemporaneidade, nomeadamente: . Recurso sistemático à inscrição do corpo na prática artística através da dinâmica transdisciplinar (obra portadora de uma eficaz confluência de disciplinas e atitudes: fotografia, vídeo e instalação sonora); . Recurso à dimensão performativa; . Valorização da relação do trabalho com o espaço que acaba por se resolver no domínio da chamada instalação. O trabalho de Helena Almeida passa pela captação da sedução da arte tendo o corpo como registo e agente de uma estética. Arte que é implicação do Homem e, por isso, interdependência de movimento interior e exterior. Assim parecem os tempos da plena modernidade. Um alargamento de perspectivas em múltiplas técnicas, um crescer de encomendas e de produtores culturais. Fazer belo seduz o Homem moderno, que o encontra na pintura, na forma esculpida, na fachada do edificado, lhe agrada no teatro, no momento de dança e na audição das obras polifónicas.
 Homens novos, espaços novos, uma memória clássica. 
 1. 1ª metade século XV – 1618 De meados de quatrocentos ao início da Guerra dos Trinta Anos.
 2. A Europa das rotas comerciais As rotas comerciais das ideias e dos objectos de cultura. Do Mediterrâneo ao Báltico. O Oriente e o Atlântico.
 3. O mecenas Lourenço de Médicis (1449-1492) A família Médicis e Florença. Perfil de interesses de Lourenço, o Magnífico. Um Príncipe, um mecenas.
 4. O palácio O palácio, habitação de elites. Das arquitecturas exteriores ao interior dos palácios. As artes no palácio.
 5. O Revolutionibus orbium coelestium (1543), de Nicolau Copérnico (1473-1543) Uma “revolução” diferente, com o Sol no centro. Um tratado e a sua história e divulgação. O heliocentrismo.
 6. O Humanismo e a imprensa A Antiguidade e a Sagrada Escritura. Os humanistas. O livre-exame. 7. A Anunciação (1475-1578), de Leonardo da Vinci (1452-1519) O pintor Leonardo da Vinci. As novas técnicas e “regras” da pintura. A “Anunciação” sob perspectiva.
 8. Fala do Licenciado e diálogo de Todo-o-Mundo e Ninguém. Lusitânia (1532), de Gil Vicente (1465-1536?) (Compilaçam, versos 390 a 460 e 797 a 866) Fazer teatro na Corte. Uma farsa e uma comédia. Todo-o-Mundo, Ninguém e as outras personagens.
 9. Requiem - Introito (1625), de Frei Manuel Cardoso (1566-1650) O rigor técnico da polifonia da Escola de Évora e a expressividade mística nas 6 vozes da Missa dos Defuntos do Mestre da Capela do Convento do Carmo.
 O Homem, unidade de medida. 
 10. A Anunciação de Leonardo da Vinci como expoente da pesquisa renascentista sobre a representação das figuras no espaço. A pintura renascentista enquanto exercício intelectual. A pesquisa em torno da representação da perspectiva. Os primórdios da pintura renascentista. A expansão do movimento. Os novos temas: o retrato; o nu; a paisagem. Leonardo da Vinci como expoente da maturidade da pintura renascentista. A captação da dimensão psicológica das personagens: pittura e cosa mentale. Monumentalidade e subtileza. A pintura na viragem do século XVI: Rafael e a escola veneziana. 
11. A arquitectura como metáfora do universo. A arqueologia e o coleccionismo. As pesquisas de Brunelleschi sobre as regras da composição arquitectónica. A criação de uma arquitectura à antiga. Leon Battista Alberti e a emergência da tratadística. A difusão da arquitectura renascentista: da severidade florentina à arquitectura ornamental. Bramante e Miguel Ângelo: os criadores da arquitectura do Alto Renascimento. 
12. Entre o gótico e o retorno ao antigo. A lenta emergência da escultura renascentista. A redescoberta dos velhos géneros: o relevo; o retrato; a estátua equestre. A completa autonomização da escultura. Da representação da perspectiva à composição geométrica. A monumentalidade como objecto. Os grandes criadores do movimento: a progressiva intelectualização da escultura renascentista. Miguel Ângelo e a exacerbação da pesquisa anatómica.
 13. Da regra à transgressão. O século XVI: crise de valores e individualismo. A arte de Rafael e Miguel Ângelo e a emergência dos primeiros sinais de tensão. O anti-classicismo e a subjectividade como objecto. Pintura, arquitectura e escultura.
 14. A Europa renascentista ou Europa maneirista? A resistência gótica e a lenta difusão da matriz italianizante no continente europeu. A França, os Países Nórdicos e a Península Ibérica. Renascimento e Maneirismo em Portugal. O Maneirismo: primeiro movimento estético pluricontinental.

 1. Tempo 2. Espaço 3. Biografia 4. Local 5. Acontecimento 6. Síntese 7. 1º Caso prático 8. 2º Caso prático 9. 3º Caso prático 10. A pintura renascentista 11. A arquitectura renascentista 12. A escultura renascentista 13. O(s) Maneirismo(s) 14. A Europa entre Renascimento e Maneirismo

Situações de Aprendizagem / Avaliação
 - Selecção e organização da informação.
 - Interpretação das fontes (iconográficas e escritas).
 - Produção de texto escrito.

  Bibliografia / Outros Recursos 
 Chaunu, Pierre (1981). Église, culture et société. Essais sur réforme et contre-réforme (1517-1620). Paris: SEDES (uma visão integrada das várias reformas religiosas da Europa moderna). Delumeau, Jean (1984). A civilização do Renascimento. 2 vols. Lisboa: Editorial Estampa (obra de síntese complementada com estudos de caso temático-conjunturais). Delumeau, Jean (trad. cast. 1977). La reforma. Barcelona: Editorial Labor (obra fundamental pela síntese sistemática que traça para se perceber os tempos de reforma religiosa). Eisenstein, E. (2000). The printing revolution in early Modern Europe. Cambridge: Cambridge (obra sobre as problemáticas da divulgação cultural através do impresso). Garin, Eugenio (Coord.) (1991). O homem renascentista. Lisboa: Presença (obra bem estruturada, com análise crítica e bem fundamentada de cada tema). Hsia, R. Po-Chia (1998). The world of catholic renewal 1540-1770. Cambridge: Cambridge University Press (uma síntese actualizada sobre um tempo largo de cultura católica). Mandrou, R. (1973). Des humanistes aux hommes de science. Paris: Éditions du Seuil (síntese de grande qualidade informativa e problematizante) Muir, Edward (1997). Ritual in early Modern Europe. Cambridge: Cambridge University Press. (a cultura moderna nas suas dimensões de rito). Nauert Jr., Charles G. (1995). Humanism and culture of Renaissance Europe. Cambridge: Cambridge University Press (síntese actualizada da cultura humanista). http://www.encarta.msn.com (acedido em 09.5.05) (enciclopédia). http://www.infoplease.com (acedido em 09.05.05) (Columbia Encyclopedia). http://www.universia.pt/conteudos/bibliotecas/bibliotecas_mapas_2.jsp (acedido em 09/05/05) (página que remete para mais de mil mapas históricos). http://www.lib.utexas.edu/maps/index.html (acedido em 09.05.05) (remissão da página anterior para mapas). http://www.virtual-net.pt/FranciscanosVaratojo/ofm.html (acedido em 09.05.05) (sobre a ordem franciscana). http://www.instituto-camoes.pt/cvc/navegaport/index.html (acedido em 09.05.05) (descobrimentos e expansão portuguesa).

A Cultura da Catedral


MÓDULO AV4

 Apresentação 
 A Catedral, símbolo de uma Europa que reflui nas cidades, por força da actividade económica dos seus habitantes, mas também dos poderes aí sedeados (eclesiásticos, políticos, corporativos) e que, a despeito do quadro depressivo sobre o qual se movem (ou por isso mesmo), buscam na cultura, na ciência e nas artes os mecanismos da sua própria e mútua afirmação.

 Objectivos de Aprendizagem
 - Relacionar o painel de Vieira da Silva / Cargaleiro com a cidade enquanto organismo em crescimento. 
- Perspectivar a cidade, as suas artérias, praças e edifícios, enquanto representação da mundividência das gentes dos burgos.
 - Avaliar a importância dos letrados na reabilitação da cultura vernácula.
 - Confrontar as permanências da peste e a festividade da cultura cortesã.
 - Analisar o papel do mestre pedreiro e do cronista nas suas relações com a cidade.
 - Analisar o papel das artes visuais na celebração do mundo terreno enquanto metáfora da Criação.
A CIDADE 
 Ville en extension (1970). Vieira da Silva (1908-1992), Cargaleiro (1925-) (Metro - Rato 1997). Passada a azulejo em 1997 por Manuel Cargaleiro — igualmente participante, com Arpad Szènés, na decoração da estação de metropolitano — a composição de Maria Helena Vieira da Silva (ela mesma sugestionada pelo poder gráfico da azulejaria, numa Lisboa entendida como “cidade-azulejo”), datada de 1970, ilustra, sobretudo, o conceito de cidade-rede, de intrincadas imbricações, na sua densa ortogonalidade. Cidade-malha, espessa de vida que se “sente”, pulsando por artérias e praças (cheios e vazios), que alastra “em extensão” e que, simbolicamente, se duplica nessa outra cidade-malha, subterrânea, que a rede do metropolitano configura. Os traços de Vieira da Silva, transpostos para azulejo por Manuel Cargaleiro, retomados numa estação de metropolitano de Lisboa, chamam-se "cidade em crescimento". Cidade é, sempre, um crescimento de gentes, de habitações, de equipamentos, de espectáculos,… Ao redor do século XII os campos viram crescer, dentro e fora das muralhas, as concentrações humanas, habitacionais e oficinais chamadas "cidade". Nelas tudo cresceu na diferença económica e social e na afirmação política e lúdica.
 As cidades e Deus.
 1. Século XII – 1ª metade século XV Do Renascimento do século XII a meados de quatrocentos.
 2. A Europa das Cidades As grandes cidades da Europa. As cidades-porto. A Europa das Catedrais e Universidades.
 3. O letrado Dante Alighieri (1265-1321) Dante, um homem da cidade e das letras. A escrita da Divina Comédia. As novas propostas.
 4. A Catedral Bispos e catedrais. A representação do divino no espaço. A catequese: imaginária e vitral.
 5. A Peste Negra (1348) A pandemia europeia. Descrição e geografia da Peste Negra. A utilização da Peste Negra: medos, punições e ameaças.
 6. A cultura cortesã O torneio e o sarau. Gentilezas cortesãs e civilidade. As rates cortesãs: do teatro à dança.
 7. A Catedral de Notre-Dame de Amiens (1220-1280) As catedrais francesas. A catedral de Amiens. Os modelos e a Europa.
 8. Casamento de Frederico III com D. Leonor de Portugal (festas de 13 a 24 de Outubro de 1451), Nicolau Lanckman de Valckenstein. Descrever uma festa na cidade. O casamento: representações e públicos. As artes: da liturgia às ruas.
 9. Alegoria do Bom Governo: Efeitos do Bom Governo na Cidade, Ambroggio Lorenzetti, 1337-1340, Siena, Palazzo Pubblico. Arte e política: a importância da pedagogia cívica. A lenta apropriação da perspectiva espacial. Arte e representação.
 Em louvor de Deus e dos homens. 
 10. A Catedral de Amiens como expoente da arquitectura gótica e símbolo da cidade enquanto motor da civilização europeia. Deus é luz: o nascimento do gótico. A revolução da arte de construir. Expansão do gótico no espaço europeu. O vitral como materialização da transcendência. O gótico em Portugal. O manuelino, entre a Idade Média e o tempo novo.
 11. A humanização do Céu. O portal da Catedral de Amiens como expoente da escultura gótica. A rápida conquista da autonomia da escultura em relação à arquitectura. A renovação iconográfica e a procura do realismo e do naturalismo. Um novo tema: a escultura funerária. O século XV e o culto do expressionismo.
 12. Gótico e Humanismo. A Itália como centro de novas pesquisas. O carácter essencialmente ornamental da arquitectura gótica italiana e a sua fidelidade à espacialidade românica. Os escultores pisanos e a recuperação da tradição antiga. A procura da simplificação e da monumentalidade na pintura. A revolução pictórica flamenga. As novas técnicas. O particularismo nórdico.
 13. O luxo ao serviço do Homem. As cortes principescas como centros de irradiação cultural e estética. O castelo como centro da vida política e social. O mecenato e a cultura cortesã. A iluminura gótica.
 14. A materialização do paraíso. A arte dos reinos muçulmanos na Península Ibérica como expoente da civilização islâmica. Dos reinos taifas ao Reino de Granada: da sobriedade das dinastias africanas ao esplendor da arte nasride. O refinamento da arte cortesã. A arte mudejar.
 1. Tempo 2. Espaço 3. Biografia 4. Local 5. Acontecimento 6. Síntese 7. 1º Caso prático 8. 2º Caso prático 9. 3º Caso prático Artes Visuais: 10. A arquitectura gótica 11. A escultura gótica 12. A Itália e a Flandres 13. O gótico cortesão 14. Ainda sob o signo de Alá

Situações de Aprendizagem / Avaliação
- Selecção e organização da informação.
 - Interpretação das fontes (iconográficas e escritas).
 - Produção de texto escrito.

 Bibliografia / Outros Recursos
 Duby, Georges (1979). O tempo das catedrais. A arte e a sociedade (980-1420). Lisboa: Editorial Estampa (a análise da integração da arte e da sociedade no tempo medieval). Knowles, M. D., Obolensky, D. (1968). Nouvelle Histoire de l’Église. Le Moyen Age. Paris: Éditions du Seuil (síntese qualificada sobre o tema) Le Goff, Jacques (1983). A Civilização do Ocidente Medieval. 2 vols. Lisboa: Editorial Estampa (obra de síntese complementada com estudos de caso temático-conjunturais). Le Goff, Jacques (1983). Os intelectuais na Idade Média. Lisboa: Gradiva Publicações Lda (as variações da produção cultural da Idade Média para lá do mundo monástico-clerical Marques, A.H. de Oliveira (5ª ed. 1987). A Sociedade Medieval Portuguesa – aspectos de vida quotidiana. Lisboa: Livraria Sá da Costa Editora (trabalho inovador pela leitura cultural que faz das ideias impensadas do quotidiano). http://www.encarta.msn.com (acedido em 09.05.05) (enciclopédia). http://www.infoplease.com (acedido em 09.05.05) (Columbia Encyclopedia) http://www.universia.pt/conteudos/bibliotecas/bibliotecas_mapas_2.jsp (acedido em 09/05/05) (página que remete para mais de mil mapas históricos). http://www.lib.utexas.edu/maps/index.html (acedido em 09.05.05) (remissão da página anterior para mapas). http://www.virtual-net.pt/FranciscanosVaratojo/ofm.html (acedido em 09.05.05) (sobre a ordem franciscana).

A Cultura do Mosteiro


MÓDULO AV3

 Apresentação 
 O Mosteiro compreendido na sua autarcia como síntese simbólica, não apenas da nova atitude espiritual (a cidade de Deus), mas da ruralização e da fragmentação política e administrativa em que mergulha a Europa medieval. Mas igualmente como rede definidora, na sua geografia, do próprio processo de cristianização do continente, e também como repositório da cultura e dos mitos da própria romanidade decaída.

 Objectivos de Aprendizagem
 - Relacionar a Annontiation de Preljocalj com a arte enquanto veículo de expressão do misticismo religioso.
 - Compreender o papel desempenhado pelo movimento monástico na construção do mundo medieval.
 - Analisar as relações de poder entre a Igreja e a Monarquia enquanto factor da construção da sociedade medieval.
 - Justificar a importância do livro e da escrita na acumulação e conservação do saber e do poder.
 - Avaliar o modo como o Músico e o Iluminador colocam a sua arte ao serviço da glória de Deus.
 - Compreender as artes visuais enquanto veículo de um discurso teocêntrico. 

A IGREJA 
 Anonntiation (1995) de Preljocaj (1957-) Nesta coreografia Angelin Preljocaj convida-nos a mergulhar na profundidade do mistério de um tema religioso, a “Anunciação”: o mais sublime dos anjos foi enviado dos céus para anunciar a encarnação do verbo a Maria. Maria foi convidada a conceber “corporalmente a plenitude da divindade”. Desde a sua primeira criação “Marché Noir” que o coreógrafo francês tem desenvolvido um percurso singular na dança contemporânea. Para além dos trabalhos criados para a sua companhia (Ballet Preljocaj, 1984), Preljocaj tem sido convidado a coreografar para companhias como o New York City Ballet, Ballet da Ópera Nacional de Paris, London Contemporary Dance e Ballet Gulbenkian (Noces e Annonciation). É acima de tudo um construtor de imagens. Nas suas danças predomina uma linguagem coreográfica que oscila entre o movimento narrativo e o abstracto. Os temas de eleição são o amor, a guerra, o trabalho, a eternidade sempre integrados na perspectiva do quotidiano e envolvidos pela nostalgia da sua ascendência albanesa. Os seus trabalhos são sempre acompanhados por uma forte componente tecnológica, aos quais associa uma abordagem videográfica e sonora. Annonciation é a transposição cenográfica e alegórica de um episódio divino. A reinterpretação do misticismo religioso construída a partir de uma linguagem (corporal) expressa na dimensão do imaginário. O corpo é o lugar da confrontação com o simbólico e com a própria leitura tradicional do tema, numa mistura de êxtase e de dor. Uma coreografia densa sobre uma realidade mística na qual o coreógrafo questiona o encontro entre o divino e o humano e se interroga sobre a chave do conceito da “Anunciação”. A Igreja e os seus valores incorporados numa criação contemporânea. A história sagrada, a técnica narrativa desconstruída num dueto ambíguo que explora o sagrado na intimidade humana da Virgem
 Os espaços de cristianismo. 
 1. Séculos IX-XII Da reorganização cristã da Europa (Christianitas) ao crescimento e afirmação urbanos.
 2. A Europa dos Reinos Cristãos A Christianitas. As fronteiras dos reinos cristãos. Geografia monástica da Europa.
 3. O cristão São Bernardo (1090-1153) O que se sabe da vida de São Bernardo. Um monge no mosteiro. O cristianismo monástico.
 4. O mosteiro Uma vida própria, com domínio do tempo e do espaço. A auto-suficiência monástica O campo e as letras.
 5. A coroação de Carlos Magno (800) O imperador do Ocidente, Carlos Magno. Vida e feitos de Carlos Magno. O modelo de imperador cristão.
 6. O poder da escrita. Scriptorium, livraria e chancelarias. As palavras que se transformam em letras e frases. A iluminura: outra forma de escrita.
 7. Canto Gregoriano: da missa, um Gradual e um Kyrie; da liturgia das horas, uma Antífona com versículo salmódico. Cantar a horas certas. O canto e a liturgia. Um canto a uma só voz.
 8. São Pedro de Rates
 A arquitectura. Simplicidade, rudeza e mensagem. São Pedro de Rates na Christianitas.
 9. Livro de Kells (800 d.C.), Irlanda “Iluminar” como forma de oração. O Livro de Kells como expoente do processo de cristianização da Europa e síntese de culturas.
 Deus, fortaleza da Humanidade. 
 10. O mosteiro cluniacense de S. Pedro de Rates, como símbolo da ruralização e feudalização da Europa românica e da sua característica diversidade regional. Dos primórdios da arquitectura cristã à arquitectura bizantina: a importância da matriz antiga. Os renascimentos carolíngio e otoniano. A viragem do milénio, as novas rotas de peregrinação e a afirmação das ordens monásticas. A hegemonia da arquitectura religiosa. Formas de vida: o castelo e o mosteiro. Da recuperação das técnicas antigas à crescente complexidade dos sistemas construtivos. Os grandes centros difusores. Unidade e diversidade do românico. O românico em Portugal.
 11. Os poderes da imagem. O portal de S. Pedro de Rates como expoente do carácter da escultura românica. Os primórdios da escultura medieval: da arte paleocristã à arte dos invasores. Bizâncio e a ourivesaria carolíngia. A estrita dependência arquitectónica da escultura românica. O portal e o claustro como roteiros de ascese.
 12. O refúgio do esplendor. O papel da cor no templo românico. Dos primórdios da pintura cristã à arte paleocristã e ao triunfo do mosaico parietal. Carácter e evolução do mosaico bizantino. A sacralidade do códice. Da iluminura carolíngia às oficinas monásticas. Da iluminura pré-românica à iluminura românica.
 13. Um Deus conquistador. A arte muçulmana em território europeu. A Península Ibérica e a Sicília. O Islão, ponte entre a Antiguidade e o Ocidente. A arquitectura áulica e religiosa e a decoração arquitectónica. A arquitectura militar. As artes ornamentais. A arte moçárabe.
 1. Tempo 2. Espaço 3. Biografia 4. Local 5. Acontecimento 6. Síntese 7. 1º Caso prático 8. 2º Caso prático 9. 3º Caso prático 10. A arquitectura românica 11. A escultura românica 12. As artes da cor: pintura, mosaico e iluminura 13. A Europa sob o signo de Alá

 Situações de Aprendizagem / Avaliação
 - Selecção e organização da informação.
 - Interpretação das fontes (iconográficas e escritas).
 - Produção de texto escrito.

 Bibliografia / Outros Recursos
 Duby, Georges (1979). O tempo das catedrais. A arte e a sociedade (980-1420). Lisboa: Editorial Estampa (a análise da integração da arte e da sociedade no tempo medieval). Duby, Georges (1986). Guilherme, o Marechal. O melhor cavaleiro do mundo. Lisboa: Gradiva (perspectiva inovadora, análise muito completa e forma diferente de escrever história da cultura, através da biografia e sociedade). Duby, Georges (1997). Ano 1000. Ano 2000. No rasto dos nossos medos. Lisboa: Teorema (ensaio de conjunto sobre os caminho dos medos do homem no tempo). Knowles, M. D., Obolensky, D. (1968). Nouvelle Histoire de l’Église. Le Moyen Age. Paris: Éditions du Seuil (síntese qualificada sobre o tema) Le Goff, Jacques (1983). A Civilização do Ocidente Medieval. 2 vols. Lisboa: Editorial Estampa (obra de síntese complementada com estudos de caso temático-conjunturais). Marques, A.H. de Oliveira (5ª ed. 1987). A Sociedade Medieval Portuguesa – aspectos de vida quotidiana. Lisboa: Livraria Sá da Costa Editora (trabalho inovador pela leitura cultural que faz das ideias impensadas do quotidiano). http://www.encarta.msn.com (acedido em 09.05.05) (enciclopédia). http://www.infoplease.com (acedido em 09.05.05) (Columbia Encyclopedia.) http://www.universia.pt/conteudos/bibliotecas/bibliotecas_mapas_2.jsp (acedido em 09.05.05) (página que remete para mais de mil mapas históricos). http://www.lib.utexas.edu/maps/index.html (acedido em 09.05.05) (remissão da página anterior para mapas). http://www.camelotintl.com/index.html (acedido em 09.05.05) (Camelot International, visita a uma aldeia medieval). http://www.abbayes.net/histoire/cisterciens/index.htm (acedido em 29.11.04) (sítio de língua francesa com informação acessível sobre a história das ordens beneditina e cisterciense, biografia de São Bernardo, arquitectura das abadias, ... Remete para: http://www.cister.net/cisterciens/abbaye-cistercienne.htm (acedido em 09.05.05) (página da ordem cisterciense). http://architecture.relig.free.fr/accueil.htm (acedido em 09/05/05) (imagens de edifícios religiosos franceses medievais, resumo do livro de Duby sobre S. Bernardo...). http://www.newadvent.org/ (acedido em 2004-11-28) (biografia de São Bernardo). http://www.educ.fc.ul.pt/docentes/opombo/hfe/momentos/modelos/index.htm (acedido em 29.11.04) (página de duas alunas da Faculdade de Ciências sobre o ensino na Idade Média). http://www.bownet.org//cyberbus/social.htm (acedido em 29.11.04) (informação histórica com imagens). http://www.hmml.org/vivarium/ (acedido em 29.11.04) (reproduz imagens de manuscritos; acesso por: personal collections e search) http://www.historyguide.org/index.html (acedido em 29.11.04) (com informação sobre Carlos Magno). http://www.bnf.fr/enluminures/themes/t_1.htm (acedido em 5.12.04) (a vida de Carlos Magno em iluminura na BNF). http://pirate.shu.edu/~wisterro/cdi/0800a_coronation_of_charlemagne.htm (acedido em 29.11.04) (imagem iluminada da coroação de Carlos Magno e alguns documentos que narram a coroação). http://www.herodote.net/accueil.htm (acedido em 29.11.04) (página com cronologia de Carlos Magno entre outros acontecimentos e figuras históricas).

A Cultura do Senado

MÓDULO AV2

Apresentação
 O Senado entendido como centro emanador da Lei, ela própria elemento modelador do Império Romano enquanto entidade jurídico-política, materializada na arquitectura que uniformiza o território. Ao mesmo tempo, também, como símbolo de uma forma de estar e de entender o mundo onde o ócio se converte num valor cultural.

 Objectivos de Aprendizagem 
 - Relacionar a fotografia de Sebastião Salgado com a Lei enquanto construção teórica e padrão de referência de igualdade e desigualdade.
 - Analisar o urbanismo e os principais edifícios de Roma como materialização da sociedade romana. - Avaliar a importância da acção individual na construção do império romano.
 - Identificar na civilização romana as estruturas do poder e do bem-estar.
 - Analisar o contributo do escultor, do pintor e do arquitecto - engenheiro na edificação dos espaços. - Justificar o papel comemorativo, utilitário e ornamental das artes

 A LEI 
 Escadas nas minas de ouro de Serra Pelada. Brasil, 1986, fotografia de Sebastião Salgado (1944 -). “Quando um grupo acha ouro, os homens que carregam os sacos de terra têm, por lei, o direito de ficar com um dos sacos que extraíram. Dentro, podem encontrar riqueza e liberdade”. Sebastião Salgado Fotógrafo de tradição documentalista, procurando captar o instante significativo de uma realidade, as suas fotografias reflectem um empenhamento comprometido associado a uma rara qualidade estética. Ao captar um momento, Salgado dá a ver, em muitas das suas fotografias, uma realidade mais profunda e transcendente que emociona e permite a reflexão. Na fotografia proposta da série da Serra Pelada podemos ver uma comunidade de homens que segue as suas leis próprias mas que está longe, no final do século XX, do cumprimento de uma lei universal e igual fundada pelos Romanos. A lei procura criar igualdades. Assim acontece na teoria legislativa. Na realidade, ainda hoje, a lei submete muitos iguais, repetitivamente iguais, como nesta fotografia de Sebastião Salgado, a profundas desigualdades. Aconteceu desta forma no mundo romano. A sua criação normativa de pensar a sociedade, a lei, baseou-se nas diferenças classistas de interesses, geradora de poder e de diferenciações de campos sociais: estar na lei ou estar fora da lei.
 A lei e a ordem do Império.
 1. Século I a.C. / d.C. O século de Augusto.
 2. Roma A planta da urbs. Ruas, praças, templos, casas, … os banhos, o Coliseu. O modelo urbano no Império.
 3. O romano Octávio (63 a.C.-14 d.C.) Octávio, uma dinastia que chega ao poder. Ser romano e imperador. As realizações de Octávio.
4 . O Senado A lei, da República ao Império. Os senadores e o cursus honorum. A retórica.
 5. O Incêndio de Roma (64) por Nero (54-68) Porquê incendiar Roma? A Roma e os romanos que arderam. Nero, o herói do incêndio.
 6. O ócio Os tempos do lúdico. Os jogos do Circo. A preocupação com as artes.
 7. A Coluna de Trajano (98-117) A função comemorativa das colunas. A narrativa da Coluna de Trajano. Uma linguagem escultórica.
 8. Frescos de Pompeia (79) O cataclismo de Pompeia. Habitações com cor e imaginação decorativas. Os conteúdos dos frescos.
 9. Anfiteatro Flávio, Roma (in. 72 d.C.) Arquitectura, ócio e espectáculo. A gestão das multidões. Da técnica à forma. O Anfiteatro Flávio como espaço retórico.
 Entre o belo e o útil.
 10. A Coluna de Trajano como símbolo do sentido monumental e comemorativo da arquitectura romana. A síntese romana dos patrimónios arquitectónicos etrusco e grego. Carácter da arquitectura romana: a utilidade e a grandiosidade. Os avanços tecnológicos. A utilização retórica da matriz helénica. Arquitectura e obras públicas. O Forum como síntese da arquitectura e da civilização romana. Principais edifícios e núcleos arquitectónicos. As variantes da casa romana. O urbanismo como materialização do Imperium.
 11. O Homem enquanto indivíduo. O friso da Coluna de Trajano (As campanhas da Dácia) como expoente do sentido comemorativo da escultura romana. A herança etrusca. Carácter da escultura romana: individualismo, realismo e idealização. O retrato como género.
 12. A vida enquanto forma de arte. Os Frescos de Pompeia como documento do cultivo do luxo na vida doméstica. A construção da ilusão arquitectónica. Primeiros ensaios da representação perspectivada do espaço. A arte do mosaico.
 1. Tempo 2. Espaço 3. Biografia 4. Local 5. Acontecimento 6. Síntese 7. 1.º Caso prático 8. 2.º Caso prático 9. 3.º Caso prático 0. A arquitectura romana 11. A escultura romana 12. A pintura e o mosaico
 Situações de Aprendizagem / Avaliação
- Selecção e organização da informação.
 - Interpretação das fontes (iconográficas e escritas).
 - Produção de texto escrito.

 Bibliografia / Outros Recursos
 Alarcão, J. (1988). O domínio romano em Portugal. Mem Martins: Publicações Europa-América (obra de síntese com profundidade da análise e clareza da exposição). Alfoldy, G. (1989). A história social de Roma. Col. Biblioteca de Textos Universitários. Lisboa: Ed. Presença (obra geral bem documentada e organizada). Bordet, M. (1991). Síntese de história romana. Porto: Ed. ASA (sistematização muito completa da história de Roma). Christol, M. & Nony, D. (1993). Roma e o seu império das origens às invasões bárbaras. Lisboa: D. Quixote (obra fundamental para a compreensão do processo de construção do Império). Giardina, A. (Coord.) (1991). O homem romano. Lisboa: Presença (obra bem estruturada, com análise crítica e bem fundamentada de cada tema). Grimal, Pierre (1995). A vida em Roma na Antiguidade. Mem Martins: Publicações Europa-América. (excelente para uma primeira aproximação). Pereira, Maria Helena R. (2ª ed. 1989). Estudos da história da cultura clássica. Vol. II: Cultura romana. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian (obra clássica pela profundidade da análise e clareza da exposição). Veyne, Paul (1988). A sociedade romana. Lisboa. Ed. 70 (inovação e síntese na abordagem de um tema muito abrangente). http://www.encarta.msn.com (acedido em 09.05.05) (enciclopédia). http://www.infoplease.com (acedido em 09.5.05) (Columbia Encyclopedia). http://www.universia.pt/conteudos/bibliotecas/bibliotecas_mapas_2.jsp (acedido em 09.05.05) (página que remete para mais de mil mapas históricos). http://www.lib.utexas.edu/maps/index.html (acedido em 09.05.05) (remissão da página anterior para mapas). http://users.erols.com/mwhite28/20centry.htm (acedido em 09.05.5) (atlas histórico do século XX). http://iam.classics.unc.edu/ (acedido em 09.05.05) (atlas do mundo mediterrânico). http://www.roman-emperors.org/impindex.htm (acedido 27.11.04) (biografia imperadores romanos). http://remacle.org/ (acedido em 28.11.04) (traduções francesas de textos latinos). http://pompeya.desdeinter.net/index.htm (acedido em 09.05.05) (arte romana). http://www.conimbriga.pt/index.html (acedido em 09.5.05) (Conímbriga). http://www.uc.pt/Conimbriga/html (acedido em 09.05.05) (Conímbriga). http://www.forumromanum.org (acedido em 09.05.05) (sobre a História de Roma). http://www.unicaen.fr/rome/ (acedido em 09.05.05) (planta de Roma, reconstituições e maquetas).

A Cultura da Ágora

MÓDULO AV1

Apresentação 
A Ágora assumida como marco, a um tempo físico e simbólico, da civilização helénica e da sua organização política e social, perspectivada na sua materialidade cultural e estética, com especial enfoque no caso ateniense. O homem da democracia de Atenas.

Objectivos de Aprendizagem 
- Relacionar o Estádio Municipal de Braga com as artes do jogo e a dignificação do corpo.
- Avaliar o impacto dos espaços públicos na vida quotidiana ateniense.
- Analisar a importância da acção individual nos diversos contextos da época.
- Reflectir sobre a construção política da sociedade helénica.
- Analisar o contributo do arquitecto, do ceramista e do autor de teatro na transformação e
documentação do mundo grego.
- Estabelecer a relação entre arte, técnica, harmonia e proporção

O homem da democracia de Atenas. 
 1. Século V a.C. O século de Péricles.
 2. Atenas A polis. Um olhar sobre a planta de Atenas. O mar e o porto. 
3. O Grego Péricles ( 500-429 a.C.) O que se sabe da sua vida? Democracia e representação. Péricles e a consolidação da democracia.
 4. A Ágora Um espaço público da cidade. Os homens da ágora. Conversar: do comércio e fazer político à razão.
 5. A Batalha de Salamina (480 a.C.) Os exércitos em presença. Porque se chegou à batalha? As políticas imperialistas. O significado da batalha.
 6. A organização do pensamento O mito, os sentimentos, as virtudes e a razão. Lógica racional e antropologia. A “razão”, para Aristóteles e Platão.
 7. O Parthenon e Athena Niké Descrição do Parthenon e do templo de Athena Niké. As normas das ordens. A arquitectura e as ordens.
 8. O diálogo entre o coro (kommos, lamentação) e Xerxes, depois da fala da Rainha nos Persas, de Ésquilo (525-456 a.C.) O estádio e o teatro. A tragédia e a comédia. Conteúdos e técnicas nos Persas de Ésquilo.
 9. O vaso de Pronomos (cerâmica de figuras vermelhas, 410 a.C.). A representação de actores e músicos: máscaras e trajes. Em busca da harmonia e da proporção.
 10. O Parthenon e o templo de Athena Niké e as ordens arquitectónicas como sistema racional de construção. A herança pré-helénica (do Neolítico às civilizações pré-clássicas): das primeiras técnicas de construção à capacidade de projectar no espaço e representar conceitos. As origens da arquitectura grega. O nascimento das ordens e a busca da harmonia e da proporção. Arte e ciência. O século IV e o novo sentido ornamentista. Do Império de Alexandre à arquitectura das cortes helenísticas: retórica e monumentalidade. A Acrópole como síntese da arquitectura grega. Principais edifícios e núcleos arquitectónicos. A casa grega. A Grécia, berço do urbanismo ocidental.
 11. O Homem em todas as suas dimensões. O friso do Parthenon (A Procissão das Panateneias) como expoente do ideal plástico da 1ª idade clássica. A herança pré-helénica e a escultura arcaica. Do estilo severo aos primeiros clássicos. Da 2ª idade clássica à escultura helenística.
 12. Uma arte menor? A cerâmica, arquivo de imagens da civilização grega. Do estilo geométrico à emergência da representação humana. A cerâmica de figuras negras e a de figuras vermelhas. A decadência da cerâmica. A divulgação da pintura a fresco e o refinamento da vida doméstica.

 1. Tempo 2. Espaço 3. Biografia 4. Local 5. Acontecimento 6. Síntese 7. 1.º Caso prático 8. 2.º Caso prático 9. 3.º Caso prático O homem da democracia de Atenas. 1. Século V a.C. O século de Péricles. 2. Atenas A polis. Um olhar sobre a planta de Atenas. O mar e o porto. 3. O Grego Péricles ( 500-429 a.C.) O que se sabe da sua vida? Democracia e representação. Péricles e a consolidação da democracia. 4. A Ágora Um espaço público da cidade. Os homens da ágora. Conversar: do comércio e fazer político à razão. 5. A Batalha de Salamina (480 a.C.) Os exércitos em presença. Porque se chegou à batalha? As políticas imperialistas. O significado da batalha. 6. A organização do pensamento O mito, os sentimentos, as virtudes e a razão. Lógica racional e antropologia. A “razão”, para Aristóteles e Platão. 7. O Parthenon e Athena Niké Descrição do Parthenon e do templo de Athena Niké. As normas das ordens. A arquitectura e as ordens. 8. O diálogo entre o coro (kommos, lamentação) e Xerxes, depois da fala da Rainha nos Persas, de Ésquilo (525-456 a.C.) O estádio e o teatro. A tragédia e a comédia. Conteúdos e técnicas nos Persas de Ésquilo. 9. O vaso de Pronomos (cerâmica de figuras vermelhas, 410 a.C.).
A representação de actores e músicos: máscaras e trajes. 10. A arquitectura grega 11. A escultura grega 12. A cerâmica e a pintura

Situações de Aprendizagem / Avaliação 
- Selecção e organização da informação.
 - Interpretação das fontes (iconográficas e escritas).
 - Produção de texto escrito.

Bibliografia / Outros Recursos 
Amouretti, M.C. (1993). O mundo grego antigo. Dos palácios de Creta à conquista romana. Lisboa: D. Quixote (interessante visão de síntese do mundo antigo).
Bonnard, A. (1972). Civilização grega. Lisboa: Estúdios Cor (obra inovadora pelas fontes utilizadas para ler a cultura grega).
Buttin, A-M. (2000). La Grèce Classique. Col. Guide Belles Lettres des Civilisations. Paris: Les Belles Lettres (exemplar síntese sobre o assunto).
Martin, T.R. (1998). Breve história da Grécia clássica. Lisboa: Ed. Presença (excelente síntese para a
introdução ao estudo do tema).
Mossé, C. Schnapp-Gourbeillon (1994). Síntese de história grega. Lisboa: Ed. ASA (síntese para
iniciação ao estudo do tema).
Vernant, J.P. (Coord.) (1994). O homem grego. Lisboa: Presença (obra bem estruturada, com análise
crítica e bem fundamentada de cada tema).
http://www.culture.gr (acedido em 28.11.04) (página do Ministério da Cultura da Grécia: lista dos sítios e monumentos gregos; textos explicativos e imagens da Ágora e da Acrópole).
http://155.210.60.15/HAnt/index.html (acedido em 29.11.04) (página de História da Antiguidade da
Universidade de Zaragoza: biografia de Péricles, as Guerras Pérsicas com mapas, incluindo o da
batalha de Salamina; seguir: Atlas da história antiga/ batalhas/ Salamina).

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Objectivos: O Técnico de Audiovisuais é um profissional qualificado apto a desempenhar tarefas de carácter técnico no domínio do som e do vídeo e de carácter artístico no domínio da Imagem, para o exercício de profissões ligadas à produção de conteúdos audiovisuais.